O que é bioconcreto?
A princípio, o bioconcreto ou concreto biológico é proveniente de uma mistura de cimento com bactérias anaeróbicas facultativas, isto é, que sobrevivem tanto na presença quanto na falta de oxigênio.
Esse tipo de concreto foi desenvolvido pelo cientista e pesquisador holandês Henk Jonkers, na Universidade de Tecnologia de Delft.
A propósito, a invenção propõe solucionar os problemas causados pelo uso do concreto convencional.
Aliás, você sabia que a produção do concreto é responsável por 8% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2)?
Já no Brasil, segundo dados do BNDES, só em 2012, cerca de 30% das emissões de dióxido de carbono são provenientes do processo de fabricação do cimento.
Sim, pois o processo envolve a queima de muitos minerais, conchas, xisto e outros componentes em fornos com a temperatura de 1.400 °C, nos quais os combustíveis fósseis são normalmente usados como fonte de energia.
Ou seja, é daí que vêm as emissões de CO2, que terão reduções significativamente com a aplicação do bioconcreto.
Desenvolvimento do bioconcreto
A princípio, o preparo do bioconcreto ocorre a partir da mistura do concreto tradicional com colônias da bactéria Bacillus pseudofirmus,
As bactérias são adicionadas ao cimento em formatos de micro cápsulas biodegradáveis que limitam o movimento desses microrganismos e suprimem-nos em forma de esporos.
As cápsulas biodegradáveis contêm lactato de cálcio, um reagente que se transformará em calcário por meio através da ação das bactérias ativas pela presença de água nas infiltrações.
Vales ressaltar que essa bactéria fica inativa depois que o concreto se solidifica e pode permanecer nessa forma por até 200 anos.
Após a estabilização do concreto, as bactérias passam a fazer parte da estrutura e só ficam ativas quando surgir uma rachadura na estrutura.
Desse modo, dá-se início a um processo de regeneração da rachadura.
A ação das bactérias é capaz de regenerar concretos com fissuras de até 8 mm de largura.
5 curiosidades sobre o bioconcreto
A seguir, confira 5 curiosidades sobre o bioconcreto:
- Por ser uma solução cara, o bioconcreto é ideal para estruturas subaquáticas ou no subsolo, ou seja, em ambientes onde o nível de vazamento e corrosão são maiores.
- A tecnologia ainda não é viável no Brasil pelo seu alto custo
- O bioconcreto possui em média um preço 40% maior que o concreto tradicional
- As bactérias presentes no bioconcreto podem sobreviver até 200 anos. Logo, ajudam a reparar os danos em edificações muito antigas.
- Uma aplicabilidade para este material seria em estruturas com rachaduras em regiões com tremores de terra leves
3 vantagens da tecnologia:
- Sustentabilidade
Uma das principais vantagens do uso do bioconcreto está no fato de que ele possibilita construções sustentáveis.
Além de contribuir para a redução nas emissões de C02, o bioconcreto também pode ser combinado com outros materiais ecológicos e fontes de energia renováveis.
Assim, teria um potencial sustentável ainda maior.
- Redução de gastos com manutenção
Devido ao seu poder de autorregeneração, o bioconcreto dispensa gastos com reparos e manutenção na estrutura das construções.
- Capacidade de regenerar fissuras de qualquer comprimento
Apesar de ser eficiente no reparo de rachaduras de até 8mm, o bioconcreto pode regenerar fissuras de qualquer comprimento, sem limitação.
Estruturas que já utilizaram o bioconcreto:
Inicialmente, o uso do bioconcreto vem sendo testado em diferentes estruturas como, por exemplo:
- Estação Salva Vidas na Holanda
A primeira estrutura a utilizar o material foi uma estação de salva-vidas em um lago na Holanda.
O início da construção se deu em 2011 e, apesar de estar sujeita à alta incidência solar e à presença contínua de água, a estrutura continua em ótimo estado de conservação até os dias atuais.
- Canais de irrigação no Equador
Além disso, o bioconcreto também já foi utilizado em canais de irrigação no Equador.
O país possui ocorrências frequentes de abalos sísmicos, que podem provocar rachaduras, colocando em teste a capacidade de regeneração do concreto biológico.
Por fim, o custo elevado ainda impede a viabilidade do bioconcreto no Brasil.
Mas, esperamos que, em um futuro bem próximo, essa técnica possa fazer parte da realidade das construções em todo o mundo.
Seria um avanço e tanto, não é mesmo?
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